"Noite adentro, toca o telefone
a voz do outro lado me é estranha,
desconhecida, mas amigável.
Pede a minha presença,
quer seus olhos em mim; vascilo.
E não insiste.
Ainda surpresa, cedo: "venha".
Uma espera confusa,
tomo minutos por horas.
Dragões borboletando no ventre!
Vimo-nos; seus olhos sedentos sob a lua.
E daquele que nunca me tocara,
sinto o abraço tão saudoso.
Perdi as palavras, ao passo que
as mãos em meu rosto avisam:
"não precisa delas pra agora...";
saem do rosto, procuram meus cabelos,
unicamente pra me enganar,
enquanto a boca liberta meus lábios.
E pela fúria, cuja sutileza se sobressaía,
fui tomada em beijos; calmaria desconsertante.
Então senti há quanto ele esperava meu toque.
...
E assim estive entregue, uma noite inteira
ao gosto daquela voz e olhos e braços
e mãos e bocas, me refazendo."
(27/outubro/2006)
3 comentários:
Enquanto Dona Morango versifica seus contos Blanche não escreve nem uma frase.
Perfeito. Mais perfeito impossível.
Te amo. ;*
....sem palavra..ou melhor>>>amO!
KD O HALOWEEN?!?!
DONA MORANGA!
KD VC? como foia viagem?!
SAUDADES JA!
BJUS DO JOAO!
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