Aqui recebemos amigos (todos perfeitamente tão normais quanto nós, rs), que vêm nos visitar a qualquer hora do dia - ou da noite, qualquer hora mesmo! - alguns vêm para passar dias, pernoitar, outros vêm apenas para uma jogatina, um filme, uma janta diferente (devemos tantas calorias à Mônica, rs), alguns vêm para nunca mais voltar, e alguns nunca chegarão a vir. Recebemos também o namorado, cujo ciúme não se manifesta nem perante às brincadeiras mais "atrevidas", porque sabe que são cobertas de todo o respeito possível - obviamente que nem todas as brincadeiras são bem aceitas, mas ainda assim ri.
Recebemos, inclusive, pais e irmãos, os quais tratamos com respeito e hospitalidade, caso contrário não demonstrariam satisfação pela casa onde o filho se encontra, tampouco manifestariam o desejo de voltar (e isso é, particularmente, sobre a minha mãe e minha irmã, Bianca, que se aproveitam de qualquer deixa para pensar em vir pra cá, acho que se dependesse delas, morariam aqui e me visitariam lá, rs).
Apesar do pesares (após as tempestades, sempre têm vindo a bonança!), não há do que se possa reclamar de fato - exceto a vizinha, que reclamou muito bem reclamado ao colocar a cabeça pra fora da janela às 4h da manhã, gritando algo sobre querer dormir e não aguentar mais nossas risadas, com ameaça de chamar a polícia ainda! Temos culpa de ser feliz? Sim, naquela madrugada tínhamos. Uma vez que todos aqui já moraram em outras repúblicas, ou, ao menos, já dividiram seus lares com outras pessoas, os limites são impostos sem nada ser dito. Se quando em casa, com pais e irmãos, há desavenças, por que aqui seria diferente? Muito pelo contrário, a propensão é bem maior e, no entanto, (ao meu ver), a ocorrência é bem menor; talvez por bom-senso, talvez por respeito, talvez até mesmo pela ira, ou ainda simplesmente porque é. Não há como saber.
Só o que pode ser dito em nossa defesa é que não é uma calamidade, que muitos pensam ser, dividir morada com pessoas de personalidades tão distintas e singulares; é menos calamitoso ainda por ser "mista", talvez isso seja o melhor de nós cinco. Nos auto-entitulamos república porque assim dizem, contudo podemos dizer, daqui de casa, que formamos, sem sombra de dúvidas, um lar.
Um brinde à Mônica, com quem ninguém discute ou discorda e que cozinha maravilhosamente bem; um brinde à Fernanda, cujo estilo invejável - estilo mesmo, no real sentido da palavra! - todos na facul, cedo ou tarde, copiam e que como tocadora de violão é ótima cantora (!); um brinde ao Alex, em quem as perfeitas imitações de personagens cômicos do mundo virtual caem como luva e que sempre nos faz rir; um brinde ao Hércules, a quem se pode confiar segredos e que é o único a ter um horário "correto" de dormir nesta casa (!); e por último, porém não menos importante, um brinde a mim, dona de teorias e idéias que a maioria diz temer (no entanto, vão no embalo) e a quem devemos uma peculiar 'chatice legal'.
Somos ou não somos uma Happublica*? E quero ver quem diga que não!
• Situe-se na imagem: No canto superior esquerdo, Branca é Felícia (Tiny Toon: uma garota que abraça (leia-se aperta) seus queridos até sufocá-los) - a Mônica diz que se alguém discorda é para pedir-me um abraço 'caloroso'; no centro, Mônica é Mônica (personagem de Maurício de Souza) - auto-explicativo; no canto superior direito, Fer é O Bozo (porque todos sempre lhe contam "historinhas incríveis" e ela responde: "Ah, tá! E eu sou o Bozo!"); no canto inferior esquerdo, Alex é Taz (Looney Tunes: porque ele é sim um "diabinho" entre nós, que não deixa nada nem ninguém quieto onde estiver, eu a Fernanda que o diga!); no canto inferior direito, Hércules é Hércules (personagem Disney), novamente sem precisar de mais explicações, né?! •
*Happublica: uma forma híbrida, a partir da junção das palavras "happy" e "república", respectivamente, do inglês e português. Idéia original de Mônica, e aceita pelos demais "happublicanos".
♪ Musicalité:
"Era uma casa / Muito engraçada / Não tinha teto / Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não / Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede / Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi / Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero / Na rua dos Bobos / Número zero."
(Vinicius de Moraes / Bardotti / Sérgio Endrigo)
6 comentários:
Diria que passei despercebida, porém, apesar de passar por ai, no mínimo, duas vezes ao ano, nem passei nesse post. ._.
Belo post. E, os que conheço, assino embaixo sobre o que foi dito de cada um, inclusive sobre você, tata.
Felícia também tem TOC e medo de barata?
HAUSHAUSHAUSHUAHSU
Te amo mais que bolacha negresco. ;*
Tenho considerações a fazer....
a harmonia da casa existe mesmo, embora cada sujeito seja totalmente oposto ao outro... Somos uma república muito mista mesmo... Mas convivemos bem com as diferenças... Aqui é mais interessante que o Big Brother... Nossa cassa é show...
Agora o Tazz!!
hauhuahuhauaheuhuahiuqheuhaiehoqelkafihaoirjwoieroijhfoihori
Olha, posso dizer que a happublica de vcs é.. a mais organizada que eu ja vi...hehe mesmo as vezes havendo desentendimento qto a louça !rs
BJus, dona moranga!
Branquinha, fiquei rindo sozinha aqui lendo seu blog...Adorei!!! Foi passando um filme na minha cabeça imaginando todas essas aventuras. Qto a mudar tudo de lugar (como vc falou num post) o meu psicoterapeuta falou q é legal e bem vindo, algumas pessoas precisam de mudanças mesmo no exterior quando já se transformaram por dentro, para q o fluxo de energia seja melhor.Jogar coisas fora, tambem. (eu adoro fazer a limpa e mudo os móveis aqui o tempo todo, rss).
Beijocas pra ti da Sybil.
Ah, obrigada por fazer eu ficar com ainda mais vontade de ir pra ir e não saber se poderei ir u.ú
Precisamos conversar.
UASUHAUHSUASUH.
Te amo infinitamente. (lll)
E naum é que vc tem razão no que diz? Amo, amo messsmo ir pra assis. Assim como aprendi a amar cada um de vcs que vivem aí nessa hapublica. Cada um é cada um, todos com suas vontades, defeitos, qualidades, mas um único objetivo: VIVER intensamente, aproveitando cada momento da vida, com muito humor e união. Brigas? Existem sim, cara feia, chatice, mas o importante mesmo é esse sentimento chamado de amizade, que supera tudo. Amodoro todos vcs,do jeitinho que são. Beijos Dona Morango.
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